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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

BOCETA E BLITZKRIEG

Estão vendendo sabonete para bocetas! Um sabonete exclusivamente para ser utilizado na limpeza e manutenção do bom estado da boceta, que no comercial que vi é chamada de região íntima. Eu gostaria muito de acreditar que quem compra essa merda não tem boceta, mas sim região íntima, seja lá o que for essa porra. Infelizmente não é verdade e esse lixo está sendo consumido em todo canto por donas de bocetas. Primeiramente, o fato de estarem comercializando tal produto, implica automaticamente na idéia de que antes dessa merda, toda mulher tinha a boceta podre! Isso mesmo, eu e todos os filhos de minha geração saímos em direção a luz vindos de uma boceta podre, e confesso que quase liguei pra minha amada mãezinha e a mandei baixar as calças e sentar numa bacia de vinagre, pois o sabonete que ela sempre usou pra lavar a boceta nunca funcionou.
Em tempos de prática de uma globalização “Cada macaco no seu galho”, onde brasileiros e outros estereotipados desprovidos de respeito, são tratados como pragas e escorraçados do velho mundo e da América do Norte, nós que aqui estamos, resolvemos, só de raiva, importar e adotar hábitos de consumo, costumes, tradições, e mais recentemente leis. Nada contra a absorção de elementos culturais estrangeiros que acrescentem e enriqueçam nossa própria cultura e vida, pelo contrário, sou extremamente a favor, mas me parece que só nos interessamos por tudo que é merda vinda de além mar, muitas vezes substituindo nossas próprias tradições culturais. Como vitima indireta das conseqüências dessa xenofobia de mão única, agora não posso mais fumar em porra de lugar nenhum, e isso inclui bares, ou seja, não posso mais beber e fumar ao mesmo tempo. Como se não fosse o bastante, resolveram agora que não posso, assim como meu pai sempre o fez, e meu avô antes dele, tomar o sagrado choppinho com os amigos depois do expediente, ou a cervejinha gelada a beira mar num sábado de sol, sob pena de ser preso e ter de pagar uma multa altíssima.
Não suporto esse filho da puta, mas Renato Russo foi um profeta ao perguntar que porra de país é esse... Soltou a pergunta e morreu, correndo dessa merda. Já estão até fazendo excursões só de ida para a casa do caralho com os mendigos das principais cidades, que assim como os letreiros de propaganda, são considerados poluição visual. A tendência de acordo com a seqüência lógica de acontecimentos históricos é a de que em pouco tempo vão estabelecer a pena de morte, seguida do toque de recolher, depois o fechamento do congresso, e aí por diante, até algum retardado com um bigodinho de proxeneta resolver aglomerar nordestinos em campos de concentração. Como se as favelas já não fossem um pouco disso.

Agora eu ligo a televisão e vejo uma atriz global vendendo sabonete de boceta, e se ela faz a assepsia de sua boceta global com tal produto, a maioria das mulheres vai começar a fazer também.
Porque esses gênios, “sem sarcasmo algum”, da indústria de cosméticos ainda não inventaram um sabonete para a piroca? Porra! É simples. Ninguém compraria. Não sou sexista de maneira alguma, e o que acabei de dizer é puramente a constatação de um fato com a intenção de provocar um raciocínio. Acredito que as mulheres são mais consumistas que os homens em geral, e não acho que isso seja um defeito, mas tudo tem um limite, porra! Outro dia vi um comercial de um iogurte que regulariza as funções do intestino da mulher. O comercial propunha o desafio de se consumir quinze potinhos do produto, e assim ter o intestino funcionando como um relógio, ou eles devolveriam o dinheiro. Pois bem, pouco tempo depois leio a respeito de uma infeliz que comeu os quinze potinhos em duas horas e foi parar no hospital, e apesar de ter se cagado toda, exigia o dinheiro de volta. Mais uma vez, não estou sendo sexista, mas se você ainda assim não concorda, queime um sutiã!
Talvez eu aproveite esse enorme nicho de mercado, e crie um sabonete para o cu. Isso sim, talvez pudesse fazer uso de um sabonete especial, pois é, por finalidade fisiológica e social, um lugar extremamente sujo, e além de tudo, todo mundo tem um. Eu o chamaria de ALVEJACOO (Lê-se, alvejacu). Grafado com dois “ÓS”, para maior aceitação no mercado internacional. Sim, pois acho uma boa idéia começarmos a exportar nossas merdas pra eles, só pra variar um pouco! Ele teria o formato de um cone com três centímetros de diâmetro na extremidade menor e seis centímetros na maior, com dezoito centímetros de altura, para maior alcance do esfíncter e partes finais do intestino. Rico em extrato de Aloe Vera e leite hidratante. Terá aconselhamento médico para o uso intensivo do produto após o consumo do tal iogurte. Terá também uma versão do produto com partículas esfoliantes, para o publico jovem que gosta de adrenalina e esportes radicais. Já posso até imaginar o comercial na televisão com a atriz global em meio a uma multidão de pessoas, homens e mulheres, andando pelas ruas do centro da cidade peidando enormes bolinhas de sabão ao som de uma trilha sonora de caixinha de musica.
Tenho orgulho do fato de que não tenho certeza de quase nada, mas tenho certeza de algumas coisas. Tenho assistido muita televisão! Sabão é sabão! Boceta é boceta! E transitar por onde eu quiser na porra do planeta inteiro, é um direito meu, e bêbado se eu assim desejar, e preferencialmente!

Por Marcel Miller

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