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terça-feira, 17 de agosto de 2010

“A realidade é uma opinião”



O princípio de realidade, pesquisado por Freud e analisado por Marcuse, está entre cada átomo percebido da substância, em cada ligação iônica organizada socialmente em termos civilizatórios. Molécula por molécula. Quem diria... o lance sempre foi químico. E aí a civilização diz uma coisa de repente, o Universo fala outra e o ser humano entende o barato que quiser.

De essência, o real burguês é historicamente constituído por dominação e alienação. E, a ele nos induz os sentidos danificados pelo adestramento da escola, da igreja e do trabalho, a fim de propagar o domínio de uns grupos sobre outros. Alienadamente, propõe algemas de ouro e ferro. Em tese, todos sucumbiriam à realidade instituída pela estupidez. Quem rompe de vez vai internado. Há os que já não acreditam na coesão punitiva e assim concebem uma outra opinião sobre o que poderia ser e não é.

Pensamentos, imagem, emoção, qualquer sentido, qualquer distração, corrompidos, captamos apenas a dor da escravidão pois estamos presos a essa sociedade podre. Projetada em ideais, a falsa liberdade leva ao cativeiro real. Assim caminha a razão técnica. Ao passo que, vendem-se fetiches como transcendência, a sensibilidade embrutece. Em uma má-totalidade, a civilização se debate na tentativa de calar o Universo para impor a opinião do valor. A Humanidade se rebela. As pontes químicas nos ligam, sintonizam, caímos fora.

O Universo sempre toma para si os sentidos humanos. Mesmo bestas idiotizadas, a Natureza nos fala contra o real burguês. Descobrimos e aprendemos a fazer situações solventes. Muito mais, salvamos o que há de humano. Gritou a Estética (Dada). A realidade por ela mermu é uma questão de opinião: T-Leary. Psicodelia é prover um outro pão. JC ficaria orgulhoso disso...

Por Aleksandrovitch

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